segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Objet: Ouverture de votre dossier

Bom dia


                  Fazer um post rapidinho só pra atualizar. Sexta-feira eu recebi uma carta do MIDI informando a abertura do dossiê e o recebimento do pagamento. Achei estranho ter vindo por correio, mas como minha demanda foi processada em Montréal, o procedimento deve ser outro. Engraçado como eu estava ansioso pra receber essa carta mesmo após ter caído o pagamento na fatura do cartão, acho que era pra ter algo físico em mãos e poder segurar a esperança! Agora a verdadeira espera começa, os prazos não são muito animadores e não sei muito bem o que fazer nesse tempo, até criei algumas metas novas, coisas simples, para serem feitas em etapas, só para dizer ao cérebro que não estou parado. Acho que talvez ajude tanto quanto o blog me ajudou nesse mês de espera entre enviar os documentos, torcer pra ser aceito, entrar no limite de vagas, roer unhas, vibrar com o pagamento e se sentir aliviado com a carta de abertura.


Olha ai que coisa linda, em papel feito com 80% de material reciclado, selo do Canada Post e tudo mais.

Para os estatísticos as datas foram:

Envio da DCS: 03/11/15
Recebimento da DCS pelo MIDI: 05/11/15
Débito da taxa: 23/11/2015 (disponível para visualização na fatura somente 25/11/2015)
Abetura do Dossiê e envido do AR: 23/11/2015
Recebimento do AR em casa: 04/12/2015

PS. Vi em um forum dos franceses que um garoto enviou seus documentos dia 09/11 porém pelo PEQ - Programme d'Expérience Quebecoise e seu CSQ já saiu, em menos de 1 (HUM) mês! Seria sonhar alto demais com um CSQ de Natal?? 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Tradução de Documentos e Envio

Olá


Resolvi fazer um post separado para fazer uma propaganda.

1 - Tradução

Esse assunto sempre gera dúvidas, então vamos lá. Primeiro a questão do preço, cada junta comercial de cada estado tem sua tabela, então não importa se você pretende traduzir para o francês ou inglês, o preço é sempre o mesmo para aquele estado (ou deveria). No Paraná os valores são os seguintes :

Texto Comum – Certidão – R$ 45,00 a lauda; Texto especial – escolar e contábil: R$ 63,00 a lauda.

A contagem dos documentos é feita pelo número de caracteres sem espaço, este número é transformado em número de laudas. Uma lauda = 1.000 caracteres

TABELA DE EMOLUMENTOS PARA TRADUTORES PÚBLICOS E INTERPRETES COMERCIAIS DO ESTADO DO PARANÁ.

 A. TEXTOS COMUNS Passaportes,certidões dos registros civis, carteiras de identidade,de habilitação profissional e documentos similares, inclusive cartas pessoais que não envolvam vocabulário jurídico, técnico e/ou científico
TRADUÇÃO --------------------------------------------------- R$ 38,00 
VERSÃO --------------------------------------------------- R$ 45,00 
B. TEXTOS ESPECIAIS Textos jurídicos, técnicos,científicos, comerciais, inclusive bancários e contábeis, certificados e diplomas e documentos escolares 
TRADUÇÃO ------------------------------------------------- R$ 54,00 
VERSÃO ------------------------------------------------- R$ 63,00 

 Art. 8° Nos serviços de urgência será cobrado um acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) sobre os valores fixados nesta tabela. 
Parágrafo 1º - Entende-se por serviço de urgência aquele executado e posto à disposição do interessado em um prazo que obrigue o tradutor a uma produção média superior a duas laudas traduzidas ou vertidas por dia útil.
 Art. 9º Nos serviços extraordinários será cobrado um acréscimo de 100% (cem por cento) sobre os valores fixados nesta tabela. 
Parágrafo 1º - Entende-se por serviço extraordinário aquele cujo prazo solicitado pelo cliente exija que o serviço de tradução seja executado em sábados, domingos, feriados e pontos facultativos e fora do horário comercial.

http://www.traduzindofrances.com/
cgiselepb@gmail.com

Esse é o site e o e-mail da tradutora que fez meus documentos, essa distinta senhora que salvou minha pele com um prazo mega apertado, legal que na tradução ela colocou até a logo da empresa, ficou um trabalho bunitinho!

2 - Envio

Eu ia falar do envio também, mas como o processo vai ser online não adianta muito. Então vai umas dicas, use um serviço courrier QUE NÃO SEJA O CORREIOS, ontem mesmo um rapaz deixou um comentário aqui dizendo que enviou pelos correios, no site de rastreio a encomenda chegou no Canadá dia 06/11 e foi entregue dia 10/11 - no dia que o MIDI lançou a notícia de que o número de demandas foi atingido - Por empatia também estou torcendo para o processo dele ter entrado.

Valores e Prazos (Para envelope com documentos e peso máx de 500g para Montréal de Curitiba) cotação em nov/2015 

Sedex Mundi - 149 reais 7 dias
DHL express - 185 reais 3 dias
UPS wordwide express 89,61 dólares 2 dias
FEDEX International Priority 303,55 reais 2 dias

a DHL diz 3 dias de prazo, mas entregou o meu em dois dias:



fora que é o courrier oficial do governo americano para retorno de passaportes de quem vai tirar o visto, então vale a pena.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Reunindo os documentos e pegando o gato no pulo

Olá pessoal

             Antes de começar a falar do assunto do post só quero dizer que a ideia de fazer um blog está dando resultados, escrever acalma um pouco e relembrar as coisas bacanas traz uma sensação de paz temporária que se torna em "good vibes" emanados pra Montréal nesse momento.

           Vamos lá...


           Como disse no último post, fiz a prova do TCF dia 31/08, como de costume o resultado demora 30 dias para ser entregue e nesse tempo eu tentei outras formas de sair do país, como participar do open day da emirates e tentar uma das vagas de comissário de voo em Dubai, mas não deu muito certo - ainda estou tentando entender o perfil que eles procuram, provavelmente um modelo, e nesse caso eu diria que to mais pra ajeitadinho. E não me venha com essa conversa de RH dizendo "ahh não, o que conta é isso e aquilo" porque a gente sabe que no Brasil não funciona bem assim, e como é uma empresa de brasileiros que faz a seleção, já viu né! Ok, desviei do tema e ainda to dando uma de mal agradecido e fazendo aquela birrinha "eu nem queria mesmo"! Mentira, queria sim, afinal um contrato de 3 anos pra trabalhar viajando o mundo enquanto rola o processo de imigração no Canadá ia ser bem legal! Voltando ao assunto, eu não sou muito paciente, ficar esperando não é comigo, e como naquela época não se tinha alguma ideia de quando o processo de recepção das demandas de CSQ iriam reabrir, meio que desanimei.
          Aos poucos fui correndo atrás dos documentos que ainda não tinha, como meu Diploma que demorou quase dois anos para ser emitido pela UFPR. Outro ponto é que eu havia voltado do Canadá, mas minha cabeça não, eu passava os dias relembrando, contando para os amigos a minha experiência lá, as coisas legais e bizarras que me aconteceram, dava risadas, passei um tempo revendo o pessoal, teve um surto de casamentos na minha família nessa época, então viajei bastante e festei bastante. O fato é que nesses encontros e desencontros eu conversei com um amigo que havia assistido uma palestra do MIDI e a Perla havia dito que haveria novidades para o fim do ano, pensei que tais mudanças viriam em dezembro e como estava na última semana de outubro resolvi reunir os documentos e procurar um tradutor.
          Eu chamo isso que me aconteceu de sinal divino, alguns de sorte, outros de destino, mas o fato é que dia 24 de outubro eu baixei todos os formulários do site do MIDI e comecei a checar os documentos que tinha, separar aqueles que deveria mandar para tradução e aqueles que me faltavam, também acessei o site da junta comercial para pegar o contato de alguns tradutores. Os documentos que ainda não tinha era a declaração de trabalho da empresa e o extrato do INSS. Dia 25 agendei um horário no INSS pela web, agendei em São José dos Pinhais, pois havia horário para dali quatro dias, se fosse por Curitiba teria que esperar até fevereiro por uma vaguinha; No dia seguinte pela manhã fiz a solicitação da declaração para a empresa que trabalho, também mandei um e-mail para uma tradutora pedindo informações gerais. Pois bem, dia 29 eu peguei o extrato do INSS as 7 da manhã e a declaração da empresa por volta do meio dia, imagine minha surpresa quando neste mesmo dia, na parte da tarde, o mesmo amigo que me avisou das mudanças a vista me manda uma mensagem dizendo que havia saído uma notícia no site do MIDI e eles iriam reabrir a recepção das demandas; Sim, eu surtei, surtei pra caralh*. Depois de me recuperar do baque, eu comecei a fazer as contas, mandei outro e-mail pra tradutora pedindo um orçamento e praticamente intimando-a a me entregar as traduções até dia 03/11, pois a recepção começaria dia 04/11. Já fui pesquisando preço de envio express, liguei pra DHL, UPS, Fedex para ver o preço e prazos de entrega.
          Resumo da Ópera, como havia um feriado, a tradutora disse que conseguiria me entregar as traduções no dia 03/11 sim, mas uma taxa de urgência de 50% (previsto pela Junta Comercial) seria aplicada. Não pensei duas vezes, no dia 03/11 pedi para compensar umas horas-extras que eu tinha no banco de horas e na parte da tarde fui resolver tudo isso, peguei as traduções, tirei a foto 3x5, voltei pra casa, conferi os documentos mais umas 10x, coloquei no envelope e às 18:18 do dia 03/11 a van da DHL chega em casa para fazer a coleta. Adoro trabalhar sob pressão, entrego resultados incríveis assim:

Traduções - preço normal R$ 618,00 - pela urgência R$ 950,00 reais
Envio DHL - R$ 185,00
Previsão de entrega - 06/11 - Entrega realizada 05/11 as 14:58 (hora de Montréal)
Número máximo de demandas atingidos 10/11
Shampoo para queda de cabelo - R$8,50
Calmantes - R$30,50
Respirar aliviado depois de uma semana insana com um começo iluminado e uma resposta monstro - não tem preço!

P.S.: Esqueci de comentar que havia um erro na minha declaração do trabalho, e que eu havia mandado o original do diploma e do meu histórico escolar para a tradução, e que todos os selos de certificações de cópias deveriam ser mencionados, logo, na terça pela manhã (03/11) eu fui num cartório para autenticar a cópia do diploma e histórico e mandei uma foto dos selos para a tradutora, bem como fiquei chorando no RH da empresa para que retificassem a declaração e mandar foto para a tradutora. Olha, trabalho impecável e muito profissional, recomendo mesmo.

http://www.traduzindofrances.com/



terça-feira, 24 de novembro de 2015

Volta ao Brasil e TCF-Q

Olá

                  Depois de passar por toda essa experiência que rendeu quase um mês de postagens, dia 24/08 eu desembarquei em Curitba, a mistura de sentimentos é estranha, de um lado ver minha família e estar em casa e do outro aquela dor de "voltar à estaca zero". Claro que depois de tudo que vivi eu era outra pessoa, com outra visão de mundo, relaxado da frustração profissional do dia-a-dia e com energia pra aguentar mais um tempo até encontrar uma forma de voltar pra MTL ou buscar novos horizontes em outros lugares. A certeza que eu carregava quando entrei em meu quarto era que eu queria voltar a viver essa "internacionalidade", que eu não queria acumular bens e sim histórias, contato com diferentes culturas, que isso me encantou e isso seria suficiente para mim, tapando o buraco que existe e me impede de me sentir útil, realizado ou com um norte ou objetivo nessa vida, não chega a ser uma resposta para a grande questão da vida e tudo mais (42), mas já me serviria para o momento.

O TCF

                 Quando ainda estava no Canadá fiz minha inscrição para o TCF, planejei para voltar ao Brasil dia 24 e dia 31 fazer a prova. Como eu estava fazendo o curso preparatório no Y, estava familiarizado com o estilo de prova, com exceção da parte escrita, pois o foco do Y é nas competências que dão mais pontos no processo de imigração. Logo, a prova foi exatamente como os simulados e como o site da TV5. Por ser um TFC-Q, dentre os áudios eu entendi muitos trechos de francês quebecois e algumas vozes familiares da Radio-Canada, por incrível que pareça, um dos áudios da prova eu já havia escutado no próprio site da TV5 na parte dos simulados do TCF.
Meus resultados foram

Expressão oral - B2
Compreensão oral - B2
Expressão escrita - B1
Compreensão escrita - C2

Fiquei com muita raiva porque por um mísero ponto de eu não peguei C1 na compreensão oral, 1 ponto dentre os 799 que é o máximo, fora que o áudio estava ruim, a sala dava eco, até pensei em reclamar, mas o B2 está de grande tamanho.

Depois da prova voltei pra realidade triste da minha vida antes da viagem, exatamente a mesma coisa, esperar, esperar e esperar, a sensação de ter nadado e morrido na praia, e por isso resolvi fazer o blog, relembrar o que já fiz até aqui para dar um up na motivação. Não estou reclamando, afinal minha espera não é tão longa quanto aquele pessoal que aguardava a abertura do processo desde 2014, só dizendo o que me motivou a fazer o blog. Daqui pra frente o foco vai ser no processo em si, chega de histórias melancólicas =P

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

1 ponto por séjour - francês em Montréal - Enfim em MTL - Autonomie et Indépendance

Olá pessoal

                   Depois de alguns dias AFK (away from keyboard), volto eu para escrever o último post sobre minha experiência em Montréal. Dessa vez resolvi juntar as duas últimas fases do choque cultural porque elas são meio que complementares e acontecem meio que em paralelo, não tem segredo nessas fases, elas são consequências da reintegração.
                  Após sofrer um pouco para encontrar um novo status quo, chega a hora de aproveitar, de encontrar seu lugar ao sol, de entender seu espaço e seus limites dentro dessa nova sociedade. O engraçado no meu caso, é que isso aconteceu nas últimas 2 semanas, então eu tive pouco tempo pra curtir minha estadia lá como um verdadeiro montrealais; mas em compensação eu voltei a aproveitar o que a cidade tem a oferecer.
                Nessas alturas do meu francês, já estava fazendo o curso preparatório para o TCF, logo, passava o dia fazendo exercícios de escuta, acho que ouvi todos os áudios da TV5 - e mais engraçado que alguns eu ouvi na prova do TCF- assistia o jornal da Radio Canada, treinava o sotaque em casa, estava realmente encontrando meu "alter ego", e sim, após passar pelo choque cultural você muda, se adapta a essa nova conformação social e isso interfere em todos os campos, seu corpo muda (normalmente pra melhor porque dentro das fases do choque cultural, a preocupação com a saúde aumenta) e seus conceitos são reformulados (eu me soltei tanto lá, sempre fui meio travado aqui, com certas vergoinhas que simplesmente sumiram - exemplo, ia na piscina da academia sem problema algum), mesmo aquelas verdades tão enraizadas acabam sendo afetadas de certa forma, o ângulo de visão é outro e por isso o mundo parece um tanto distorcido e a realidade diferente.
             


Concluindo...

Sinceramente, acho que a pontuação por séjour deveria ser maior, pois de todos os fatores que me fizeram escolher emigrar e as experiências que vivi desde a palestra que assisti lá no começo de 2014, essa sem dúvida foi a mais impactante, tanto que teve momentos em que eu fiquei em cheque, pensando se realmente fiz a escolha certa e, após ter passado por tudo isso, eu olho para esse projeto de imigração com outros olhos. Antes eu era um sonhador, via o Canadá como o país dos sonhos, onde chegaria, arrumaria um emprego bacana, iria ser rapidamente reconhecido, iria crescer profissionalmente e ter aquela vida de propaganda de perfume importado; hoje, essa mega expectativa que eu tinha do Canadá não existe mais! e sou muito grato por isso, imagine o tamanho da queda se eu tivesse passado por todo o processo, conseguido os vistos e ter ido com essa ideia pra lá! Hoje o Canadá é uma oportunidade de recomeçar com um panorama diferente e melhorado, simples assim, um lugar onde eu me encaixei bem nas variáveis sociais, onde eu poderei encontrar uma nova forma de viver ao invés de continuar nessa sede por reconhecimento profissional, poder e dinheiro que só ter me trazido enormes frustrações por aqui.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

1 ponto por séjour - francês em Montréal - Enfim em MTL - Réintégration

Olá

Antes de falar do assunto do post propriamente dito quero compartilhar um sentimento e perguntar a vocês algo. Me sinto tão ansioso ultimamente, vendo o site do MIDI todo dia em busca de novidades, esse marasmo sem notícias é realmente perturbador; Como fazem pra driblar a ansiedade em um processo tão longo quanto esse?

              Agora sim, voltando às fases do choque cultural, chega um momento da sofrência que você pára e diz, ok, já deu! Nesse ponto você começa a rejeitar as diferenças e a frustração, e começa a fazer conexões dessas diferenças levando em conta seus valores pessoais. É nessa fase que você começa a sentir orgulho de ser brasileiro e a sentir falta de algumas coisas do nosso cotidiano, como o arroz e feijão, os abraços, frequentar a casa de amigos e até mesmo de desconhecidos quando algum amigo em comum te leva lá e etc.
           É engraçado que na busca por uma nova zona de conforto você acaba focando em coisas do dia-a-dia que se aproximam desses valores, como comprar feijão enlatado e arroz japonês pra tentar cozinhar algo parecido com a nossa comida, focar nas relações mais fáceis com os outros estrangeiros ao invés de querer conhecer os locais, enaltecer aquelas qualidades brazucas que são clichês lá fora só pra se sentir acolhido, pois todos vão falar de como você é sorridente, divertido, acolhedor e festeiro, e isso vai te deixar melhor, vai fazer você se sentir aceito, nessa fase você não reclama mais das coisas ruins do nosso país e sente falta das coisas boas, espalha bons boatos a respeito da nossa nação, se sente inclusive mais patriota (mas mesmo assim tinham uns brazucas lá que só sabiam reclamar da conjuntura político-econômica atual). A comparação é o que mais você faz nessa fase, só que ao invés de pensar  "nossa, aqui ninguém joga lixo no chão, brasileiro é um porco mesmo", você pensa "caramba, existe preconceito e racismo aqui, e os negros se fecham em comunidades e bairros somente para eles, não se misturam mesmo, no Brasil, por mais que isso também exista, a miscigenação é maior, somos todos mulatos"; você começa a se dar mais valor, cuida mais da saúde e aos poucos vai se soltando.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

1 ponto por séjour - francês em Montréal - Enfim em MTL - La détresse

Olá,

                  Não sei exatamente depois de quantos dias eu comecei a sentir os efeitos da segunda fase do choque cultural, a aflição - confusão e isolamento, mas deve ter vindo na terceira ou quarta semana, quando eu mudei pro apartamento que eu havia de fato alugado, após quase ter apanhado de um esquizofrênico no elevador e após ter falhado miseravelmente na tentativa de fazer amizades com o pessoal de fora da escola. Mas o fato é que realmente me senti confuso e me isolei, não no âmbito da escola, pois passava o dia tendo aulas de gramática pela manhã e curso de conversação a tarde, o pessoal da minha turma era muito legal e tínhamos assunto pra uma vida, já que eramos assim distribuídos:
Professor (manhã) - francês
Alunos - 2 mexicanos, 1 peruano, 1 árabe, 1 sul coreano, 1 australiano, 1 colombiano, 1 venezuelano e 1 brasileiro (eu)
Professor (tarde) - canadense (quebequense)
Alunos - 1 iraniano, 2 mexicanos, 1 venezuelano e 1 brasileiro

                  Algo que contribuiu para o isolamento foi a volta de um amigo neo zelandês com quem almoçava, pro país dele, íamos em uma praça onde haviam alguns foodtrucks e sempre pedíamos coisas exóticas canadenses (e quase tudo era agridoce ou vinha com maple sirop).
Outra coisa, os montrealenses são extremamente educados, mesmo pessoas mais velhas abrem a porta para você se estiver vindo com as mãos ocupadas, agradecem excessivamente quando você faz o mesmo, são atenciosos enquanto te atendem e etc... Maaas, somente quando a etiqueta assim o manda, fora isso, são extremamente fechados, mais que os curitibanos (e eu achei que por ser curitibano não teria problemas com isso, pense em um povo 10x mais fechado). Logo, nesse tempo meu parceiro foi meu fone de ouvido, hangouts com a família todo dia e as minhas lições de francês.
               Calma que no próximo post vem uma fase boa, então por mais negativo que essa fase pareça, tem um lado muito importante, que é a desmistificação de uma viagem internacional ou de uma experiência em um país desenvolvido. A confusão e certa decepção que eu sofri nesse tempo apagou aquela idéia de "terra dos sonhos" que a palestra de imigração cria na nossa cabeça, eu tive contato com a realidade nua e crua do cotidiano montrealense e assim, pude pesar os prós e contras de uma forma mais realista e racional se emigrar para lá é uma boa idéia e se quero de fato abrir mão da minha vida aqui, das oportunidades que teria no Brasil para começar vida nova por lá; afinal, para alguém solteiro e sozinho, os principais benefícios da vida no Canadá (segurança e educação -  que são atrativos para quem pensa na família ao escolher emigrar) são menos importantes quando comparados ao potencial de crescimento profissional, que é o meu interesse maior, e no que diz respeito a isso, não faltaram pessoas para me advertir que os problemas comuns de empresas existem lá também, assédio moral, politicagem, dificuldades para encontrar emprego, se sentir subvalorizado, subestimado para a formação que tem e etc.

sábado, 14 de novembro de 2015

1 ponto por séjour - francês em Montréal - Enfim em MTL - La lune de miel

Olá

Agora sim, depois de 9 horas de viagem em trem e mais 1 hora parado na fronteira, desembarco na gare centrale. Sobre a viagem de trem, fantástica:




Enfim, no primeiro dia de aula recebi uma pasta com orientações sobre praticamente tudo, um guia bem completo, e dentro desta pasta uma folha roxa com o título "Le Choc Culturel". No momento dei pouca importância para aquela folha e pensei, ahh eu sou flexível, facilmente adaptável, não vou ter problemas desse nível, certo? errado! A folha dividia o choque cultural em 5 fases, e nesses dois meses eu senti na pele e no psique cada uma delas, portanto, cada post aqui terá o nome de uma fase e qual foi minha experiência nela. Começando com a lua de mel, que se traduz em tudo aquilo que é diferente é lindo, chama a atenção, é emocionante, é estimulante e etc... Aproveite esta fase para turistar, comer, se jogar mesmo, perguntar tudo que tem direito, conhecer as pessoas, conhecer a night, festivais e tirar belas fotos:








Não vou por aqui dicas do que fazer, onde ir, porque o foco é a experiência e porque acho importante conhecer o lugar antes de enviar seu dossiê! Por exemplo, sabia que é proibido consumir bebidas alcoólicas nas ruas? você pode porta-las, mas fechadas, se for pego bebendo ganha multa; em parques somente se estiver fazendo um verdadeiro pic-nic, nada de comprar um salgadinho e uma cerveja, não cola! se atravessar a rua fora da faixa ou no sinal vermelho, multa! não interessa se a saída do metrô é no meio da quadra e a loja que quer ir fica em frente do outro lado da rua, ande até a esquina, atravesse na faixa e volte. Venda de bebidas somente até as 23h, após isso somente em baladas até as 3 da manhã, as 3 em ponto, o dj pára, a luz acende e todos vão embora em fila indiana, a polícia fica nas ruas para evitar aglomerações que perturbam os vizinhos dormindo. Ok, aí você pensa, ahh mas isso é bom, tem seu lado positivo; de fato! na fase lua de mel eu achava lindo, fora que sair as 3 da manhã e caminhar até em casa pelo centro da cidade era extremamente seguro, mesmo para uma mulher de mini-saia, não há risco e se quer aquela sensação de insegurança (palavras da minha professora). Mas então, o que há de errado? nada! Simplesmente o ser humano é acomodado por natureza e mexer no status quo não é agradável, do momento que o novo se torna incômodo até o momento que se estabelece um novo status quo, as coisas ficam ruins, mas essas são cenas para os próximos capítulos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

1 ponto por séjour - francês em Montréal - quase chegando

Chegamos em final de maio, vistos em mãos, passagens compradas, escola paga, contrato de sub-locação assinado, ato administrativo emitido pela empresa me concedendo a licença,  tudo certo! certo? errado! Eis que eu tive que passar por uma cirurgia e o tempo de recuperação era de 15 dias a 1 mês, eu embarcaria exatamente 35 dias após a cirurgia, logo, tempo para uma consulta antes da viagem e liberação do médico. Meu medo era um só, todo seguro de viagem que eu cotava não cobria despesas relacionadas a condições de saúde pré-existentes, isso incluia qualquer problema pós-cirúrgico, mas, com as palavras de tranquilidade do médico e minha idade relativamente nova, arrisquei.

Teste de nível do françês - duas semanas antes do início das aulas, ainda no Brasil, fiz um teste de nível pra saber em que turma iria entrar. O curso intensivo de francês no YMCA é divido em 6 níveis, cada um com 4 semanas de duração de acordo com a grade canadense de classificação, que é bem semelhande a européia. Eu tinha duas opções, fazer o teste no primeiro dia de aula ou fazer em casa e mandar via e-mail, foi o que escolhi, imprimi a prova, fiz e mandei (fui honesto nessa parte, sem consulta, cronometrando o tempo e tudo mais); a parte oral foi via telefone, recebi uma ligação da escola e respondi algumas perguntas (foi minha primeira ligação internacional), como havia terminado o básico no Celin, imaginei que entraria no nivel 3 ou 4 no Y, faria 2 meses e teria que encontrar uma turma avançado de volta ao Brasil. Porém, para minha grande surpresa e felicidade, me colocaram no nível 5, logo, nos dois meses que eu estaria lá fecharia o programa deles.

Agora sim, fugindo do frio curitibano pra conhecer o verão canadense. Estamos no final de junho quando embarco rumo ao emisfério norte (mas antes descer mais ao sul pois o vôo da American que sai de Curitiba faz escala em Porto Alegre antes de ir pra Miami). Em Miami só o tempo para passar pela imigração e já embarcar rumo New York.

Turistanto em New York - As últimas duas semanas antes da viagem eu passei pesquisando um roteiro de 3 dias por Manhattan pra tentar conhecer o máximo possível em menos tempo. Existem vários blogs com roteiros, aplicativos de mapas offline pra se guiar por lá, ahh como eu amo a Internet! Como hoteis por lá são impensavelmente caros, eu usei o bom e velho couchsurfing. A proposta é excelente, ganhar pouso na casa de um local em troca de histórias, compartilhamento de experiências, e claro que por educação levando algo bacana do seu país (eu levei uma garrafa de Cataia, aquela cachaça curtida em folha de cataia que só existe no litoral sul de São Paulo e ilhas do Paraná, o que para o meu anfitrião nova iorquino teve um valor muito maior do que a estadia em um hotel, já que ele colecionava bebidas típicas de países do mundo e essa ele se quer conhecia). Eu quando viagei, nunca abri mão de certos confortos, mas nessa aventura, resolvi abrir a mente e fazer tudo diferente do que eu faria normalmente por aqui, nunca fui de mochilar, sempre pacote com família e a velha cvc, logo, a experiência foi única, e claro que um pequeno teste pra saber se eu teria forças e cabeça pra começar vida nova do zero em outro país com outra cultura.

*dica, se você se enquadra nesse espírito mochileiro de ser, ta aí uma ótima idéia.
https://www.couchsurfing.com/



Pequena nota explicativa

Olá,

Estou tentando escrever aqui de uma forma cronológica, primeiro pois facilita a vida de quem tem visitado para colher informações e dicas e segundo que num futuro, quando estiver lendo essa blog lá do Canadá (se o bom Deus quiser), vou poder ver melhor a evolução do processo, como me sentia em cada etapa e tudo mais. Outro ponto, tenho postado um pouco a cada dia até chegar de fato ao presente, é uma forma de passar o tempo e desviar a ansiedade desse fim de ano com abertura do processo, atingimento do número máximo de demandas em uma semana, novas ferramentas em implantação; por isso as informações parecem não tão relevantes pra quem quer saber do processo em si, mas calma que logo chegamos lá.
Havia dito que dividiria essa história em dois ou três posts, mas já estou no começo do terceiro e nem saí do Brasil ainda! Fora que nos dois meses que fiquei em Montréal, aconteceram tantas coisas que eu quero, preciso e acho muito importante contar que mais três partes podem não ser suficientes. Sem mais delongas, vamos lá.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

1 ponto por séjour - francês em Montréal - avant de partir - parte 2

Escolhido a escola e as datas aproximadas começa a corrida com os documentos.

1 - Visto americano - Sim, como os voos, na sua maioria, passam pelos EUA, eu iria precisar do visto, pelo menos o visto de trânsito, aí eu pensei, já que o preço é o mesmo tiro logo o visto de turista e como vale por 10 anos vou poder passear pela terra do tio Sam. Para quem já passou por isso sabe como funciona: preencher o formulário, agendar um dia para tirar foto e outro para a entrevista no consulado; ir para São Paulo, gasto com hotel, passagens (dica - se ficar perto do aeroporto de congonhas ganha tempo, fica no meio do caminho dos dois locais e ainda dá pra ir a pé - caso tenha tempo e disposição).

2 - Fechar as datas com a escola, pagar e ganhar a carta de aceite (esse documento era exigido para tirar o visto canadense - hoje não é mais necessário). Fazer a transferência via Western Union pelo BB foi meio complicada, mas as taxas eram mais baratas do que as casas de câmbio.

3 - Visto canadense - Por mais que o processo seja inteiro online, eles pediam comprovantes até da alma, isso porque para quem já tem o visto americano o processo era simplificado. Eu mandei tudo, além da carta da escola, os comprovantes de pagamento, carta de motivação, cópia do passaporte e visto americano, extrato bancário provando que teria fundos pra me manter lá no período necessário, contrato de trabalho, carta da empresa me autorizando a tirar a licença e ratificando que voltaria ao trabalho após o período combinado, comprovante de renda, informe de rendimentos e histórico de viagens - mandei tudo em português mesmo. Assim que eles me informaram que o visto tinha sido aprovado, enviei o passaporte para a VFS em São Paulo via correio mesmo e eles imprimem o visto, cuja validade é a mesma do passaporte e a quantidade de entravas varia de acordo com a simpatia do fiscal. (no meu caso ganhei múltiplas entradas, mas sei de gente que ganhou somente 1 ou 2).

4 - Passagens - Enquanto esperava os vistos e corria atrás dos documentos, ficava de olho no valor das passagens, volta e meia uma promoção e o medo de comprar e aparecer algum problema na emissão dos vistos. Assim que saiu o segundo, todo dia dava aquela olhadinha nos preços. Voos para YUL estava bem carinhos, então eu comprei passagens até Nova York e de lá segui de trem até Montréal. O bom de fazer isso é que, como já tinha o visto de turista americano e uns dias livres, resolvi chegar mais cedo na Big Apple e turistar uns dias por lá!

5 - Estadia - A própria escola já oferece esse serviço para alunos estrangeiros, seja em casa de família ou dividindo um studio. Mas, como eu sou um mão-de-vaca, apelei para o craigslist e resolvi fechar a estadia por conta, achei um francês que morava próximo à escola (universitário de engenharia da Mcgill) e estaria de férias na França neste período, ele sub-alugou o quarto dele para mim (essa prática é muito comum entre os estudantes por lá). Com isso economizei não só na diferença de preço, como também com transporte, pois me deslocaria a pé.
* Dicas - Cuidado ao fazer o mesmo, conheça bem a pessoa antes de fechar, assine um contrato de sublocação (eu tenho o que assinei se quiser um modelo), mesmo que não tenha valor legal aqui, é uma forma de se proteger; use o skype, hangouts, faça chamade de vídeos, se o inglês não for lá muito bem, bote a culpa na conexão, mas não deixe de conhecer bem a pessoa mesmo. Por mais que não seja da cultura deles essa desconfiança, e para eles o dinheiro investido nisso não parece muito, para nós é bastante e, mesmo que raros, existem aqueles que vão se aproveitar ou dar o golpe mesmo! Não é lenda urbana, eu conheci gente que confiou demais e caiu nessas. Outra coisa, como eu só ia entrar no apto na 2ª semana lá, eu só depositei o dinheiro após conhecer o apartamento e o meu futuro colega de quarto (eles moravam em dois, um de férias e outro ficou por lá).

Segue o link do craigslist - tem de tudo nesse site e eles usam tanto quando o famoso kijiji (só funciona lá, ele identifica o ip) para classificados:

http://montreal.craigslist.ca/
http://www.kijiji.ca/



1 ponto por séjour - francês em Montréal - avant de partir - parte 1

Bom dia


                    Acordei inspirado a escrever hoje, e pensando nas coisas que quero contar, achei interessante dividir esse tópico em duas ou três fases, antes de embarcar e experiências vividas em Montréal. Então vamos lá, antes de dizer qual o caminho percorri para chegar até o primeiro dia de aula na Rue Peel, vou contar por que resolvi fazer francês em Montréal e quais foram os procedimentos para tirar o visto, escolher a escola, o que fiz com o trabalho e tudo mais.
                 Comecei a pesquisar escolas e datas para fazer o curso no final do ano passado e viajei no final de maio, logo, se quiser fazer o mesmo, planeje, não queira deixar para ir mês que vem porque não dá tempo! Claro que eu tive umas etapas a mais pra vencer no trabalho para justificar minha licença, mas só os vistos (no plural porque tirei o americano já que ia passar por lá - sim, é necessário mesmo para trânsito) demorou alguns meses.

1 - Por quê?
Como havia dito no post anterior, eu escolhi aprender francês no Celin-UFPR pelo excelente custo x benefício. Porém, mesmo fazendo os intensivos, eu demoraria muito tempo até terminar o intermediário e teria que fazer um avançado em outro local, por outro lado, eu precisava de um contato real com o "quebecois", não só linguístico, como cultural.

2 - Onde?
Comecei a pesquisar escolas de idiomas, existem várias opções de cursos intensivos de imersão em Montréal, em várias delas você pode misturar inglês e francês e todas possui algum acordo com as agências de intercâmbio mais conhecidas por aqui. Segue alguns links de escolas bacanas:
http://www.ilsc.com/montreal
http://www.ecenglish.com/en/school-locations/canada/learn-english-in-montreal
http://fr.cilm.qc.ca/
http://www.studymontreal.com/fr/
http://www.ymcalangues.com/
Além dessas, existem diversos programas de francês nas universidades, as principais em Montréal são Mcgill, Concordia, UQAM e UM.

Eu escolhi o YMCA language school. Primeiro porque é bem conceituada, eleita uma das melhores escolas para estrangeiros, segundo porque não precisa de um intermediário, você fala diretamente com eles, e tem até uma moça muito simpática que fala português, a Magali; terceiro porque destas que pesquisei, foi a mais barata e estava com uma promoção bacana para brasileiros e quarto porque no mesmo prédio funciona a academia do YMCA e alunos do curso intensivo tem acesso (sério, o centro esportivo é enorme, tem piscina aquecida, hidro, quadras, aulas até não acabar mais e o preço mesmo para não alunos é mais barato que muita academia de bairro no Brasil).

3 - Quanto?
A hora-aula no YMCA saiu mais barato do que na aliança francesa aqui no Brasil, mas... quando eu fiz a transferência para a conta deles via BB, o dólar canadense estava 2,36 (hoje está 2,98). Escolhi fazer dois meses, eu tinha direito a tirar 3 meses de licença do meu trabalho porque fechei 5 anos na empresa e tudo mais, porém o orçamento pesou um pouco (isso que me planejei no começo do ano com o dólar americano a 2,50)

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Aprendendo Francês - Onde?

Olá

            Dando continuiadae aos relatos até chegar ao presente, vamos relembrar o passado e destacar aquilo que acho ser o mais importante em cada etapa. Bem, como havia dito, minha intenção nao era aprender francês tão cedo assim, tinha a intenção de começar alemão por questões familiares, mas como a chance surgiu, resolvi mudar o foco. Claro que existem menos escolas de francês do que de inglês e normalmente são mais caras, em Curitiba as opções ficam entre centro eropeu, alliance française, aulas particulares, centre québec, atelier do francês e celin (UFPR ou UTFPR) - posso ter esquecido algum, mas foram esses que pesquisei. Claro que a alliance é a que tem mais nome e também onde provavelmente você vá fazer o teste de certificação, além de ser a escola com parceria com o BIQ do méxico onde os gastos com francês após emissão do CSQ são reembolsáveis em até 3 mil dólares canadenses. Porém, a escolha do lugar onde estudar é somente sua, todas tem sites com dicas de estudo gratuitas, fora a quantidade de material online disponível nos sites das mídias franceses e quebequenses, como TV5, RFI, Radio-Canada, o próprio site do MIDIQ, faculdades e CEGEPs quebequences, français facille (indicado inclusive pelos meus professores em Montréal) etc.
           O que funcionou pra mim. Como eu não sou um exemplo de autoditada, necessito de interação social e um guia para aprender, estudar em casa ou no esquema open english de ser não iria adiantar (tentei no duoligo e vi que não deu certo), como também não sou rico e tenho minhas contas fixas que comem boa parte do meu orçamento mensal, a melhor opção foi o Celin - UFPR, porque? é barato (diria justo) com ótimos professores que são mestrandos ou doutorandos do curso de letras - francês da universidade, a grande maioria com intercâmbio na França e alguns até lecionam na alliance - sem contar que o material, agora, é o mesmo (Alter Ego +).


* Vale lembrar uma coisa, o Celin ensina francês europeu, focado nos alunos que vão fazer intercâmbio por lá, claro que gramaticalmente a língua é a mesma, mas existem as diferenças regionais que não serão vistas no Celin, caso opte por isso, procure meios alternativos para se familiarizar com o francês quebequense, ou faça como eu passe uma temporada no Québec aprendendo francês, se vale a pena? discussão pro próximo post.


Como é dividido o curso no Celin?

4 módulos básicos
3 módulos intermediários

Ano letivo - cursos extensivos com 60h/a 1x ou 2x na semana - 4 meses de duração cada módulo
                  - intensivos com mesma carga-horária 4x ou 5x na semana, duração de 3 ou 4 semanas fechando as 60h/a

O que eu fiz. Como as aulas extensivas já haviam começado quando pesquisei, esperei a metade do ano para me inscrever no intensivo de inverno, logo:

julho/2014 - intensivo básico 1
agosto-dezembro/2014 - extensivo básico 2
janeiro/2015 - intensivo básico 3
março-junho/2015 - extensivo básico 4



sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Como tudo começou


Vamos lá...

                  No começo de 2014 (fevereiro) estava eu recém formado, no começo do quinto ano no mesmo emprego, mesma função, mesma empresa, depois de alguns altos e baixos, necessariamente nesta ordem, quando um colega de trabalho me avisa sobre uma palestra do governo do Québec que iria acontecer na PUC-PR, seria sobre imigração e o programa de recrutamento de trabalhadores qualificados. Então vai eu, ler na Gazeta do Povo sobre a palestra, como me inscrever e tudo, esse foi meu primeiro contato com o site do MIDIQ, que eu iria acessar tantas e tantas vezes depois, destrinchando cada aba, cada link e tudo mais; me inscrevi e fui na palestra, cheguei com antecedência, já que vamos para a terra da politesse, ganhei um cartão postal com a frase "E se seu futuro estiver no Québec?" e conheci a Perla (palestrante).
              Paixão a primeira vista. A cada slide o sentimento de que aquilo era o que faltava pra preencher meu vazio pós-formado crescia, saí de lá determinado a pesquisar mais e alimentar o sonho que havia surgido naquele momento. Sei que parece deslumbre falar assim, e no momento teve um pouco, mas eu comecei a me sentir em casa vendo aquilo tudo. Por mim, se ela apontasse o dedo pra mim naquele momento convidando para me inscrever, eu iria sem pensar duas vezes. Talvez essa seja a intenção das palestras mesmo (mais pra frente vou fazer um post bem interessante abordando isso), mas então surgiu o primeiro empecilho: Eu não falava francês, se quer um bonjour e minha intenção era aprender alemão antes por conta da minha ascendência.
           Quando cheguei em casa, uma das primeiras coisas que pesquisei foi onde fazer aula de francês, sim! Francês é importantíssimo, porque no interior do Québec só se fala francês e a próprial internacional Montréal é dividida ao meio, entre francophones et anglophones, e ambos "se odeiam" por motivos históricos que depois falarei no post sobre minha ida a Montréal.

Abraços e até mais, horário de almoço no fim! =P


Por que fazer um blog?

Olá pessoal

Resolvi criar esse blog porque os que sigo, como forma de apoio para compatilhamento de dúvidas, são na grande maioria de pessoas que começaram o processo de imigração no passado, de 2012 a 2014, como esse ano (2015) o processo ficou "suspenso" para atualização e para desafogamento da fila, pouca matéria surgiu sobre o tema, tirando aqueles que fizeram a demanda com oferta de emprego ou pelo programa de experiência quebequense. Então vamos lá... sejam bem-vindos, sintam-se em casa, perguntem (mas um pouco de bom senso nessa parte, muitas perguntas dos blogs que vejo são respondidas pelo próprio site do MIDIQ - então deixem de preguiça e pesquisem bem antes de perguntar se falar francês é essencial ou coisas do gênero, afinal é um projeto de vida, da sua vida, caso tenha escolhido imigrar como eu).